DAP - Casa Branca

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

sobre

A Divisão de Artes Plásticas foi fundada em 1971, porém foi em 1992, após o períodode desativação que efetivamente iniciou suas atividades sob a coordenação da professora Helena Maria Di Cavalcanti Mello, sendo sucedida logo depois (ainda em 1992) pela professora Maria Carla Guarinello de Araújo Moreira, que foi quem traçou o perfil da Divisão, estabelecendo metas e eixos norteadores das ações de acordo com propostas de arte contemporânea. Segundo Maria Carla “... desde o início, tivemos a preocupação em não transformar nossas ações em eventos pontuais e espetacularizados. Escolhemos investir em projetos que possibilitassem a compreensão das artes visuais enquanto processo legítimo e possível de conhecimento. Compreendíamos que esse conhecimento se construía dinamicamente a partir de visualidades, sentido e experimentação e pensávamos a Divisão como um espaço onde as projeções identitárias pudessem ser constantemente redinamizadas.


As exposições eram vistas como possibilidade de multiplicar experiências estéticas, tanto para os artistas como para o público que as visitava.”


Fundamentando essas propostas, o trabalho da Divisão de Artes Plásticas da Casa de Cultura da UEL fez de Londrina um pólo de discussão e produção de Arte Contemporânea, trazendo importantes artistas (como Alfredo Volpi, Iberê Camargo, Lasar Segall, Antonio Dias, Waltercio Caldas, Mira Schendel, Carlos Zílio, Artur Barrio, Iran do Espírito Santo, Rosângela Rennó, Nuno Ramos, Iole de Freitas, Carmela Gross, Leda Catunda, Paulo Pasta, Marco Butti, Élida Tessler, Marco Gianotti, Lygia Eluf, Eliane Prolik, entre outros) e críticos (como Rodrigo Naves, Lorenzo Mammi, Sonia Salztein, Tadeu Chiarelli, Paulo Reis, Fernando Cocchiaralle, Sergio Sister, Ricardo Basbaum, Annateresa Fabris, Silvio Zamboni, Aracy Amaral, entre outros), cumprindo assim o papel de ponte entre o conhecimento produzido aqui e em diferentes pontos do país.
Foram realizados projetos (exposições, conferências, workshops, mesas redondas, encontros com artistas, oficinas, mediações, cursos, estágios, grupos de estudo, intervenções, lançamentos de livros, entre outros), que estrategicamente aproximaram o público à produção artística, envolvendo os profissionais da área (artistas, estudantes e professores de arte), oferecendo um espaço para trocas de experiências e vivência.


Distintas abordagens: desenho, pintura, instalação, fotografia, vídeo, objeto, performance e suas derivações interdiciplinares tiveram espaço e efetiva presença nos espaços ocupados pela Divisão de Artes Plásticas.


A íntima conexão com o curso de Artes Visuais permitiu ao longo dos anos problematizar a relação entre pesquisa, arte e ciência, o que acaba por afirmar um tipo específico de conhecimento.


Esse trabalho se intensificou com mudanças ao longo dos anos, tendo sempre como base a seriedade e o comprometimento com os preceitos da Divisão, estabelecendo conexões com outras áreas de conhecimento e oferecendo espaço para discussões e novas propostas.


Continua sendo compromisso da Divisão de Artes Plásticas a permanente atualização em consonância com a produção contemporânea de arte, que implica numa permanente atenção aos riscos implicados em se considerar o instante como o momento onde efetivamente acontecem os fenômenos que devem ser considerados pertinentes. Nesse sentido de urgência, são desenvolvidos projetos, curadorias e mediações que criem territórios de contaminação entre as linguagens, que permitam que o repertório e o vocabulário sejam também atualizados e assim se estabeleça o perfil da Divisão de Artes Plásticas, que entre museu e galeria de arte, se estabelece como centro de discussão e produção de arte contemporânea.


Danillo Villa
Chefe da Divisão de Artes Plasticas
Gestão 2011 – 2014


Juliana Miranda Freitas
Técnica em Assuntos Culturais

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